quarta-feira, 19 de maio de 2010

g in the sea of smiles

G IN THE LAND OF SMILES vai passar a ter um novo título: G IN THE SEA OF SMILES.

"You have to break your dream down to avoid being broken. The only way I could do it was one step at a time. If I thought about the whole trip, it was too overwhelming." Liz Clark

Como todas as mudanças, esta mudança de título no blog também tem um objectivo. Não vou dizer qual é, ainda. Olhando para ele parece-me demasiado esmagador, irrealizável. Na realidade, não sei se é, ou não, logo se vê.
Entretanto conheci a história da Liz Clark, e as ideias dela sobre objectivos esmagadores (ela que se encontra neste momento a realizar um desses obejctivos de vida). Lembrei-me que eu próprio já tive um processo assim, e que de facto às vezes é possível. Estabelece-se um objectivo, divide-se em etapas e, passinho a passinho, veremos se lá chegamos. Há pessoas que vivem o sonho, e não é uma questão de sorte. O rumo está traçado, é coisa para levar algum tempinho. Mas de etapa em etapa veremos se chego lá, ou se isto morre na praia. Portanto, se o estimado leitor tiver curiosidade de saber do que se trata, stick around.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Escrever postais em Koh Lanta (Tailândia)



Olha olha?!?!?!?! O blog ainda mexe!...

Aqui, um dos momentos altos da minha viagem. Coisa simples. Escrever postais numa praia paradisíaca - antes de jantar, em boa companhia, ali nas mesinhas na areia uns camarões na Hot pan (inclui espectáculo de fogo e tudo) - escrever às pessoas de quem mais gosto, amigos e familiares, simplesmente para dizer "estou no paraíso estou maravilhosamente bem e quero partilhar isso com vocês, quero que saibam como estou feliz e tranquilo neste momento"
abraços e beijinhos
g

quarta-feira, 18 de março de 2009

Afinal havia macacos, ou não havia macacos? Part II

O dias passam-se a fazer "zip, walk, zip, walk, zip, walk".
Alguns cabos medem entre 150 e 700m de comprimento. A altura ao chão também varia. Como a floresta é feita de montes e vales fundos, há partes em que voamos a mais de 200m do chão. A entrada nas cabanas é sempre feita através do voo no cabo. Tanto nas cabanas, como nas árvores que servem de ligação entre cabos, há umas plataformazitas para aterrarmos. Às vezes há colchões verdes no tronco da árvores, tipo um airbag improvisado para o caso de algum turista decidir fazer como nos desenhos animados.





Depois, há as caminhadas pelos trilhos à procura das espécies locais. O princípio parece interessante. Andar na floresta acompanhado de um guia que nos leva ao spot certo e vai mostrando o que ver. Mas depende do guia. E os guias são locais, não falam inglês e fazem a coisa uma bocado a despachar. Ficamos com a sensação de que têm coisas mais importantes para fazer e, muitas vezes, não se vê grande coisa, fica a desculpa de que "é muito difícil apanhar os animais". Um dos grupos teve a sorte de apanhar um guia mais dedicado. Não falava inglês, mas levava um caderninho com fotos dos animais. Quando se ouvia um som ele mostrava a foto do animal que o estava a fazer, depois procurava-o e nalguns casos foi possível ver.




Subir às árvores mais altas e ficar a admirar o espectáculo deslumbrante de ter uma floresta aos teus pés. Fazer uma caminhada pela selva a dentro e depois parar a escutar e ver. Vê-se pouco e ouve-se muito. Sentado no meio da floresta, ao nível do chão, o olhar fica limitado pela vegetação ultra densa. É tudo verde, rasgado a tons de amarelo pelos raios de sol que encontram caminho. Tudo o que mexe, respira e vive está escondido. Só se ouve, e ouve-se muita coisa.





Mas os sons são mais muito mais enigmáticos do que a vista. Se batemos os olhos num ser vivo, mesmo que por uma fracção de segundo, mais coisa menos coisa uma pessoa entende do que se tratava. Mas sons (e os cheiros) para um ocidental citadino perdido na floresta do Laos, tornam-se numa miscelanea de coisas indecifráveis. Os olhos saltam na direcção de um estalido, e depois, no lado oposto, de um "crack", mas não vêem nada. A cabeça parece um limpa para brisas na velocidade máxima, a tentar apanhar os sons com os olhos, mas ver a origem do som é dificil. Sentado num tronco cheio de formigas vermelhas, a 45 min a pé da pessoa mais próxima, às 4 e meia da tarde, numa floresta de sons enigmáticos senti-me feliz e tranquilo. Até começar a ser mordido.




À noite a floresta acorda. É um cliché. Mas estando lá e tendo a oportunidade de ver e ouvir ao vivo, esquece lá o cliché. Um tipo fica varado com a vida que ali se passa. Ainda por cima estava Lua cheia. Eu a Chrissi e o Hendrick estávamos à conversa, depois do jantar de sticky rice e legumes variados cozidos, que nos chegara por cabo. Bebemos o nosso chá e esfumaçamos um cigarrito de enrolar. Nisto, os galhos mais próximos da nossa árvore abanaram suavemente. Ao restolhar das folhas apagamos as velas e ficamos de respiração suspensa de olhos e ouvidos bem abertos. Levantamo-nos devarinho e colamo-nos à vedação de pouco mais de um metro, agachados. E então o gibão dá dois piparotes, de um ramo para outro, não se ouve nada, depois com a leveza de um astronauta na Lua lança-se num voo descendente de uns 30 metros até ao ramo doutra árvore. Se os olhos fossem obturadores teriam registado um mamífero, crâneo de primata, dois braços estendidos, as mãos em forma de garra em busca do ramo que só ele vê, as pernas de trás encolhidas com o movimento de mola, o corpo preto fica prata banhado pela Lua cheia. Depois, se os olhos fossem obturadores, teria chegado ao meu computador, enfiava um dedo no terminal USB, fazia download e a foto ou video estaria agora aqui.





Duas horas mais tarde, depois de digerirmos a emoção de termos visto o gibão ninja a 10 metros dos nossos narizes, depois de muita conversa e gargalhada, depois de partilharmos histórias como se nos conhecessemos há vinte anos, fomos dormir de sorriso nos lábios. Cinco minutos depois de tudo estar sossegado, e sem luzes, o ar enche-se dos "tic tic tics" das patinhas dos amigos roedores que finalmente podem voltar à sua árvore por direito próprio.

Afinal havia macacos, ou não havia macacos? Part I

Será que faz sentido continuar com um blog de viagem depois da viagem acabar? Pergunta metafísica da treta... eu cá continuava a viajar no mínimo mais 6 meses. Não posso. Mas posso continuar a viajar nas histrórias que vivi. E ele há muitas.

Muitas histórias que ficaram por contar, porque não havia tempo para escrever tudo o que se estava a passar. Os macacos da floresta do Laos no Gibbon Experience, é uma dessas histórias. Toda a gente pergunta "afinal havia macacos ou não havia macacos?", "e viste-os?", "e fotografaste-os?".

'Bora lá então, do princípio, que não levam as repostas a essas perguntas por da cá aquela palha, ou neste caso, aquele galho.





O que é o Gibbon Experience?

É uma tentativa de um francês de conservar a floresta do Norte do Laos. Um pequenissíma parte chamada parque natural do Bokeo. É preciso ser um bocado chanfrado para ter uma iniciativa destas, diga-se de passagem. Começou na década de 70. Porque ele, vindo de viagem, reparou que o Laos é um país muito intocado pela mão do homem (excepção feita aos bombardeamentos da 2ª guerra mundial, foi só o país mais bombardeado, mas isso foi mais a sul). Basicamente não há muita civilização. Mas a floresta apesar de intocada estava e está ameaçada. Pelos chineses que entram por ali adentro para tirar madeira, e caçar animais indescriminadamente, que usam para fins comerciais, pela população que desbrava a floresta sem critério para fazer plantações e pelo governo que fecha os olhos.





O francês decidiu que havia de fazer uma espécie de reserva na floresta para conserva-la. E para isso havia de chamar turistas para verem e pagarem. A ideia dele foi fazer umas cabanas nas árvores (tipo a 50m de altura), separadas entre si 1 ou mais kms, e ligadas por um percurso que inclui canopy (slide num cabo de aço, tipo voo de uma árvore para outra) e trekking (caminhada) pela selva fora. Portanto, um tipo vai lá 3 dias, dorme nas árvores, balança-se de árovre em árvore à tarzan e jane e faz caminhadas pela selva. Parece e é divertido.




O outro objectivo da visita dos turistas é mostrar-lhes as espécies locais. Porque aquilo é uma verdadeira selva, há de tudo, e o objectivo é alertar as pessoas para o facto de que é preciso proteger a a fauna local, protegendo a área florestal. Todas as espécies ali estão em risco de desaparecerem, por causa da destruição da floresta. Pássaros exóticos, insectos que não existem em nenhum outro local do planeta, macacos (os tais gibões) ursos (pequenos, pretos), esquilos voadores, tigres, cobras (como dizia o Charlie, o nosso guia, quando lhe perguntei que tipo de cobras há por ali, ele ficou branco e respondeu "todas", grandes pequenas, venenosas, muito venenosas, estupidamente venenosas, das que caem em cima de ti enrolam-se e partem-te aos bocadinhos etc etc - "e tu já comeste alguma cobra?", ele respondeu timidamente que sim, matou e comeu, depois explicou-me meio em laociano, um décimo em inglês e outra parte por gestos que é uma espécie de ritual de iniciação). Ah!, e há ratos.



Portanto, uma pessoa chega a Huay Xuai no Laos, regista-se no Office do Gibbon, paga 8000 Bahts (188 Euros) e recebe um briefing sobre o que se vai passar naqueles 3 dias. Depois, no dia marcado às 8h da manhã enfia-se numa pick up com mais 12 macacos lá dentro e faz uma viagem de 3h e meia (a tal que parece uma viagem no programa de centrifugação da máquina de lavar roupa), primeiro por estrada depois por caminhos lavradios até chegar à orla da floresta, onde há uma tribo local (ver fotos). A tribo fornece snacks, bebidas e guias. Uma forma de contrapartida para os locais. Daqui arranca-se a pé pela floresta a dentro numa caminhada de 1h com paragem para uma sandocha. Até que chegamos ao acampamento onde ficam os guias e a cozinha que dá suporte ao Gibbon Experience.



Aqui enfiam-nos o arnês nas pernas e na cabeça uma explicação rápida de como a coisa funciona. Mais uma caminhada até à primeira árvore. Primeiro engata-se o cabo de segurança depois a cena das roldanas com o travão (um pedaço de pneu), um passinho para o vazio e... zip aqui vamos nós a voar em direcção à primeira cabana.

domingo, 1 de março de 2009

Fim do dia na praia em Langkawi





Langkwai III



Vespera de voltar... uma tentativa de mau feitio... acabou em grande gargalhadas ;)



Pessoal a animar o fim do dia na praia cenang penang



Vista do hotel na praia em Langkawi. Na Malasia permitem constuir mesmo na praia, este ficava a 50 metros da agua, mas ha sitios em que os bungalows estao mesmo denterio de agua (o mar e quente, mas nao transparente) a unica regera que impoeem e que as construcoes nao ultrapassem a altura dos coqueiros.

LangKawi II



Na ponte suspensa a 750m do nivel do mar



Vista da ponte



Tragam-me uma zip line para fazer um slide ali para dentro de agua, sff.